Abrindo o coração para Deus
Introdução: A dureza de
coração é um mal gravíssimo, pois afasta o homem da presença de Deus provocando
consequências terríveis. Esse mal é tão horrendo que não atinge somente a vida
de quem está contaminado por ele, mas se estende a todos os que estão a sua
volta, família, irmãos, amigos.
O escritor de Hebreus fala que
muitos líderes da nação de Israel, por causa da dureza de coração não entraram
na terra da promessa, muitos morreram no deserto engolido pela terra, envenenados
por serpentes.
No evangelho de Marcos 4:35-41
encontramos uma história que ilustra essa realidade (Leia o Texto).
Observe que a ideia de
atravessar o mar foi de Jesus e em nenhum momento Ele ventilou a possibilidade
de naufrágio ou que a viagem seria interrompida por uma tragédia. Jesus simplesmente
disse: “Passemos para o outro lado”.
Esse ponto é fundamental para
percebermos que havia algo estranho no coração daqueles homens que andavam com
o mestre. Se Jesus havia dito que eles atravessariam,
nenhuma tempestade seria maior que sua Palavra, mas infelizmente aqueles homens
não deram ouvidos a voz do Senhor e temeram a morte.
Seus corações estavam
endurecidos, e o que confirma isso?
1) Eles só buscaram a Jesus
quando a situação estava fora de controle.
Hoje muitos estão vivendo
dessa maneira, só buscam a Deus quando a coisa esta “preta”. Enquanto se tem o
aparente controle da situação, nem lembram da existência do Senhor.
Como pastor e apóstolo,
observo a vida de muitos discípulos. Quando a situação é favorável somem,
deixam de servir na obra, não participam das atividades da igreja, não prestam
relatórios de suas vidas, mas sempre que as tempestades se levantam, correm em
busca de ajuda, pedem conselho, oração.
Não é possível que Jesus tenha
entrado no barco e que de imediato desmaiou. Jesus era um homem que gostava de se
relacionar e creio que sua opção de dormir tenha sido feita pela falta de uma
boa conversa.
2) Eles não naufragaram no mar
da Galileia, mas naufragaram na incredulidade
A maior tragédia naquele dia
não foi a tempestade física, essa foi controlada, a grande tragédia foi a
espiritual, os homens que andavam com Jesus não tiveram fé para dar ordem aos
ventos e ao mar.
Não quero condenar, expor os
discípulos de Jesus, não e essa a minha intensão. Quando digo que eles
naufragaram na tempestade da incredulidade, digo por que sei que se somente um
deles tivesse se levantado e feito o Jesus fez, o resultado seria o mesmo.
Digo por que muitas vezes,
também estamos na mesma situação.
O Senhor tem dito: estarei convosco. Vou abrir as portas, essa
enfermidade é pra minha glória. Mas diante das tempestades da vida agimos
igualmente.
Conclusão: Vamos abrir o nosso
e deixar Deus trabalhar para amolecer a dureza e nos tornar sensíveis a Sua voz
e Sua presença.